Com o capital inicial de apenas R$ 3, Adriana Cristina dos Santos, há um ano, começou um negócio e já atua em mais de 60 pontos de venda.
“Com os R$ 3 eu comprei seis cabeças de alho, fiz o tempero, minha mãe me emprestou R$ 5 para comprar os potes, e peguei as ervas na Secretaria de Agricultura de Betim”, conta Adriana.
Em ervas como alecrim, salsinha e manjericão, testando mistura e descobrindo sabores a microempresária percebeu que poderia trabalhar por conta própria. Pasta de alho, ervas finas, caldo de bacon, especial para peixes e especial para aves e carnes vermelhas, cinco produtos feitos com ervas, dois quilos de alho e seis de sal, ingredientes que rendem 22 potes de tempero.
“O segredo é a mexida mesmo. A quantidade da mistura. E porção de cada uma. Se sair fora daquela porção, o gosto muda”, conta a empresária.
Do mesmo modo que Adriana, outras 700 mil pessoas trabalham por conta própria em Minas Gerais. Os profissionais tem se concentrado em três áreas: alimentação, vestuário e salões de beleza e com a lei do microempreendedor individual, mais de 111 mil já estão regularizadas.
“(A lei) É direcionada àquela pessoa que tem uma necessidade de renda própria, com valores até R$ 36 mil por ano, em atividades básicas”, explica Haroldo Santos Araújo, do Sebrae de Minas.
Para Adriana Santos, a formalização trouxe segurança. Agora ela recolhe impostos e tem os direitos previdenciários.
“Esse imposto dá a ele todos os benefícios da Previdência Social. No caso, uma mulher, que trabalha com registro, tem um filho. Então ela teria o auxílio-maternidade da Previdência Social. Ela pode deixar de trabalhar por um período e a Previdência irá pagará a ela por esse período”, explica Araújo.
Esta formalização também facilita o acesso a financiamentos bancários e os juros são menores. A empreendedora planeja pegar um empréstimo de R$ 15 mil para construir uma cozinha industrial.
Regularizar um empreendimento individual é fácil. É só acessar a internet, no Portal do Empreendedor. A formalização é feita na hora e de graça. O portal também disponibiliza uma lista com mais de 400 ocupações abrangidas pela lei.
“A formalização tem um perfil de inclusão social muito forte. As pessoas não têm o apoio da Previdência, não têm o apoio do governo. Com a formalização, ele passa a ter o apoio da Previdência Social, do governo, as políticas públicas direcionadas para esse público. Se ele não está formalizado, o Estado não enxerga essa pessoa”, diz Araújo, do Sebrae.
Fonte: http://g1.globo.com/economia/pme/noticia
Nenhum comentário:
Postar um comentário